"Não há um gadget sexy que resolva o problema na justiça"

O secretário de Estado da Justiça considerou hoje, terça-feira, que a "resolução não se faz atribuindo culpas", mas com "muito trabalho e suor" de todos as partes.
Publicado a
Atualizado a

Questionado pelos jornalistas sobre as críticas da Associação Sindical de Juízes Portugueses à informatização dos processos judiciais, o secretário de Estado, José Magalhães, disse que a "resolução dos problemas na justiça não se faz julgando culpas, atribuindo-as uns aos outros".

"A ineficiência está em não nos conseguirmos juntar como equipas", disse José Magalhães, acrescentando que "não há nenhum gadget [aparelho tecnológico] sexy que resolva miraculosamente o problema da justiça. É preciso muito trabalho e suor".

No seguimento de um comunicado da Associação Sindical dos Juízes Portugueses na segunda-feira sobre o "desenvolvimento das aplicações informáticas nos processos judiciais e nos inquéritos crime", o Ministério da Justiça esclareceu que a Aplicação para a Gestão de Inquéritos Crime (AGIC) não prevê a intervenção de juízes e o seu desenvolvimento visa colmatar uma necessidade do Ministério Público na gestão informática dos processos exclusivamente da sua competência.

Na conferência de hoje, subordinada ao tema "Justiça: reestruturação suportada pelas tecnologias de informação", o secretário de Estado criticou "quem aponta graves problemas no sistema informático da justiça, sem saber que não existe nenhum sistema informático".

José Magalhães afirmou que "não há outro caminho alternativo à concretização da agenda digital" e que "é necessário introduzir sistemas informáticos, optimizar processos e redesenhá-los, criar novas ferramentas de gestão".

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt